// Espetáculos Realizados
REPERTÓRIO
CIRCO NEGRO
2013
Após um percurso desenhado por criações cuja dramaturgia tem a assinatura da diretora artística da companhia Sueli Araujo, a CiaSenhas de Teatro apresenta o espetáculo CIRCO NEGRO, desta vez com dramaturgia do argentino Daniel Veronese. Um texto-manifesto que coloca em discussão a própria representação a partir do jogo dos atores.
A narrativa do trabalho é conduzida por criaturas/personagens que se alternam entre seres reais e imateriais criando atmosferas cênicas em que a realidade se revela estranha, porém reconhecível em sua crueldade. O universo ficcional proposto na encenação se estabelece como impossibilidade, estranhamento e assombro.
A realização de números circenses, propostos no texto de Veronese, serve como metáfora do jogo de relações de poder e competitividade instaurados sobre tênues movimentos entre verdade e mentira, narrativa e drama, personagem e narrador, seres autônomos e autômatos.
A citação ao circo está presente em todos os elementos visuais e sonoros criando a paisagem de um tempo-espaço situado entre as imagens do circo mítico - fruto do inconsciente coletivo - em contraste com o lugar do próprio teatro enquanto espaço da representação. O jogo, ao mesmo tempo lúdico e cruel, propõe a discussão poética e política do que é real e do que é representação. CIRCO NEGRO É teatro apresentando o teatro. Teatro mostrando o fato-teatro. Teatro de movimentos repentinos. Lúdico, cruel, realidade e ficção. Teatro para Ser e Viver com o público na instabilidade do Agora.
Imprensa
“...a Cia Senhas avança em sua própria jornada com "Circo Negro", um espetáculo que se constitui como um desafio formal e estético ao qual a diretora Sueli Araújo responde com maturidade criativa. Como ouvi de um crítico paulista ontem, este é o trabalho ideal para que a companhia curitibana rompa a timidez e ultrapasse as fronteiras paranaenses. Concordo plenamente. Está mais do que na hora de mostrar-se a outros públicos.”
“...O que move o grupo nesta obra de Veronese é a observação crua da condição do atuante. Crua, mas não cega de sua beleza: afinal, como se diz em cena, o ator é o único capaz de morrer e voltar.” – Por Luciana Romagnolli – Blog Horizonte da Cena
“...Espetáculo, no melhor sentido do exibicionismo, pelo qual assistí-lo é igualmente se descobrir participante de um circo de contradições. A generosidade e talento dos atores faz da obra do argentino Veronese uma experiência especial. E é preciso dizer ainda, que o trabalho trouxe um dos melhores inícios de espetáculo de todo o festival. Inventivo, controladamente ridículo, criticamente ingênuo e esteticamente muito interessante. Circo Negro é desses espetáculos que poderiam ganhar as estradas e garagens por aí. Em bons e muitos momentos, lembrou, de uma maneira mais atual e jovem, a ironia e sabores do velho e saudoso Teatro do Ornitorrinco.” – Ruy Filho
Circo Negro, 2013. Fotografia de Rosano Mauro.
Circo Negro, 2013. Fotografia de Rosano Mauro.
Circo Negro, 2013. Fotografia de Rosano Mauro.
Circo Negro, 2013. Fotografia de Rosano Mauro.
Circo Negro, 2013. Fotografia de Rosano Mauro.
Circo Negro, 2013. Fotografia de Rosano Mauro.
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CLIPPING
FICHA TÉCNICA
Texto: Daniel Veronese
Tradução: André Carreira
Direção: Sueli Araujo
Assistente de Direção: Anne Celli
Elenco: Ciliane Vendruscolo, Greice Barros, Luiz Bertazzo e Rafel di Lari
Direção de Movimento: Cinthia Kunifas
Sonoplastia: Ary Giordani
Iluminação: Wagner Correa
Figurino: Amábilis de Jesus
Cenário: Paulo Vinícius
Produção: Marcia Moraes
Realização: CiaSenhas de Teatro