ESPETÁCULOS

ALENCAR

1999

O espetáculo Alencar é fruto de uma busca do sentir. Não nos comprometemos com o real. Não nos comprometemos com o quotidiano, mas com o que está aquém e além dele. Alencar não      é “a emoção do indivíduo num momento definido, não é o retrato   do homem que teme, que combate ou que morre, mas é o Temor,      a Guerra, a Morte. O particular foi visto, compreendido, superado,      e desaparece como tal para ceder lugar ao universal, válido sempre, para o homem de todos os tempos e todas as condições”. (Franco Monte)

 

Muitas vezes o que é dito contradiz o corpo ou vice-versa, talvez seja esta a grande busca de Alencar e seus personagens que não possuem espaço ou tempo definidos, seus corpos podem ser o do João da esquina, e os desejos da D. Maria, porém sem nunca ter sido qualquer um deles. São próximos e distantes. Simples e complexos. Sexuais e assexuados. São coisas. (Sueli Araujo)

 

Corpo... Matéria que nos é tão próxima e tão distante. Ao nascer, somos um corpo com infinitas possibilidades de expressão, manifestações de emoções, sentimentos, desejos, frustrações. Com   o passar do tempo parecemos ser vítimas de uma imposição cultural que nos impõe uma fragmentação onde passamos a ser dois... corpo e mente. Estamos nos propondo com este trabalho, ao resgate de nós mesmos, a colagem dos fragmentos, a totalidade de ser humano no qual somos únicos... Pensamos. Sentimos. Nos comunicamos corporalmente. (Titi)

 

 

FICHA TÉCNICA

 

Texto e direção: Sueli Araujo

Elenco: Eduardo Giacomini, Marcia Moraes, Olga Nenevê e Paulinho Lamarca

Direção de movimento: Titi

Cenário: Olga Nenevê

Figurino e adereços: Eduardo Giacomini

Maquiagem: Marcia Moraes

Iluminação: Clodoaldo Costa

Acompanhamento vocal: Rosana Benine

Execução de percussão: Titi, Sueli Araujo e Denise Kei

Administração: Maurício Cidade

Fotografias: Kátia Michelle

Programação visual: Olga Nenevê

Realização: CiaSenhas de Teatro